sábado, 1 de maio de 2010

UE se une para evitar que crise grega contamine o bloco

UE se une para evitar que crise grega contamine o bloco
11 de fevereiro de 2010

Os líderes da zona de euro se reuniram nesta quinta-feira em busca de medidas para evitar que a crise grega contamine a estabilidade financeira da região. Os membros do grupo já se comprometeram a tomar medidas "decididas e coordenadas" para evitar maiores problemas na região, mas não prometeram ajuda concreta para que a Grécia se recupere de sua crise orçamentária sem precedentes.

Antes do início do encontro, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pediu aos países da Eurozona que se preparem para preservar sua estabilidade financeira ameaçada pela crise grega. A resposta europeia para a situação na Grécia aparece como tema dominante do encontro, inicialmente dedicado a medidas de coordenação das políticas econômicas dos países da UE e a relançar o crescimento.

O presidente da União Europeia (UE), Herman Van Rompuy, anunciou antes do encontro que um acordo foi concluído para ajudar a Grécia a enfrentar a crise orçamentária, mas não deu maiores detalhes. Ele aproveitou ainda para enviar uma mensagem tranqüilizadora: os 16 países que integram a zona do euro tomarão em caso de necessidade medidas para preservar a estabilidade financeira. Segundo Van Rompuy, nem a própria Grécia pediu apoio financeiro para ajudar na redução de seu deficit público, o que tornou desnecessária qualquer iniciativa de levantar fundos para o país.

A falta de definição a respeito de um acordo já provoca queda do euro. A moeda chegou até a atingir as mínimas do dia pela manhã. Às 10h35, o euro caía para 1,37 dólares e para 123,01 ienes. "Apoiamos plenamente os esforços do governo grego e seu compromisso de fazer tudo o que for preciso, incluindo a adoção de medidas adicionais, para assegurar que alcançará os ambiciosos objetivos estabelecidos em seu programa de estabilidade para 2010 e para os próximos anos", diz a declaração final da reunião.

O texto ainda afirma que "todos os membros da zona do euro devem levar a cabo políticas fiscais sadias, conforme as regras acordadas" - a Grécia passou a receber atenção crescente dos mercados financeiros após revelar no ano passado que seu déficit orçamentário atingiu o equivalente a 12,7% de seu Produto Interno Bruto (PIB), quando o teto do déficit para países da UE, segundo as regras do bloco, é de 3% do PIB.

"Fazemos um chamamento para que o governo grego para que aplique todas essas medidas de maneira rigorosa e determinada, a fim de reduzir de forma efetiva o deficit público", diz o texto. O plano ainda estabelece que Ecoffin - grupo dos ministros de Finanças da União Europeia - crie uma comissão para que no próximo dia 16 de fevereiro faça uma reunião para fazer recomendações aos gregos.

Recessão – Alguns países da zona do euro, como a Espanha, ainda não conseguiram sequer se recuperar da crise financeira do ano passado. A economia espanhola teve seu sétimo trimestre consecutivo de retração nos três últimos meses de 2009, segundo dados divulgados pelo governo do país nesta quinta. O Produto Interno Bruto da Espanha caiu 0,1% entre outubro e dezembro do ano passado, em linha com a previsão do banco central.

Com o resultado, o país fechou o ano de 2009 com retração de 3,6% - a maior em mais de meio século. Na comparação com o último trimestre de 2008, a contração foi de 3,1%. A Espanha entrou em recessão no fim de 2008, sob o impacto da crise financeira internacional e da explosão da bolha imobiliária, e é a única grande economia europeia que ainda não conseguiu retomar o crescimento. Os dados do último trimestre mostram, no entanto, que a atividade global atenuou a contração, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

(Com agência France-Presse)
>>>> Disponivel em http://veja.abril.com.br/noticia/economia/ue-se-une-evitar-crise-grega-contamine-bloco-533014.shtml


Com a planificação da economia e aprofundamento da integração entre os países membros do bloco, as questões economicas de cada membro tornam-se também questões economicas dos demais. A adesão de estados menos desenvolvidos ao bloco sempre foi vista com cautela, ja que ao ingressar no bloco as caracteristicas economicas e comerciais do pais devem se moldar ao bloco, pois apesar de oferecer algum tipo de subsidio para a prodção agrícola por exemplo, a produção se torna competitiva para alguns bens, e não complementar.
O principal receio dos demais estados é que devido à integração com a Grécia e a presença do Euro neste país alastre a crise e enfraqueça o bloco. Mesmo com a utilização dos mecanismos de empréstimo internacional, a crise na Grécia tem afetado profundamente o valor do Euro no mercado.

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