segunda-feira, 12 de abril de 2010

O futuro do Mercosul

"O projeto do MERCOSUL deve ser visto como um dos elementos que podem
representar saídas para a crise estrutural dos países-membros e como uma configuração que pode abrir perspectivas de continuidade de desenvolvimento futuro. Nesse sentido, ele se apresenta como um projeto de longo prazo, que se mantém consistentemente nos últimos anos, ao contrário de quase todos os demais itens da política econômica brasileira. Mas, ao mesmo tempo em que pode ser um instrumento para recuperar e manter o crescimento econômico, o MERCOSUL poderia ser muito beneficiado com a volta do crescimento e a ampliação do mercado intemo, inclusive no sentido de reduzir atritos entre os seus membros e no interior de cada um. Assim, é necessária também uma política interna, com alterações na estrutura produtiva e na configuração tecnológica, que tenha como fim, e não como possível (mas pouco provável) conseqüência, a ampliação do mercado interno. Somente dessa forma pode-se acabar com a contradição entre integração externa e desintegração interna."

DATHEIN, Ricardo. Problemas e Perspectivas da Integração Regional. Indicadores Econômicos FEE, Porto Alegre, v. 20, n. 3, p. 126-130, 1992.

Disponível em >>> http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/viewfile/716/964

O processo de integração regional de maior sucesso na América Latina é o Mercosul. Contudo, seu desenvolvimento e expansão estão condenados caso os países membros não o adequem às necessidades que surgem a partir do contexto internacional. O mercado internacional encontra-se saturado ou com grande concorrência, e por isso este bloco deveria adotar politicas de ampliação do mercado interno. Neste sentido a adesão da Venezuela, mesmo indo contra os princípios de Democracia do Brasil, os interesses dos EUA ou diminuindo a possibilidade de adesão da Colombia, não possibilitaria só ampliar o mercado interno mas também fortalecer a frente de negociações do bloco. Outra posição a ser adotada pelos países participantes é a de investimento em infra-estrutura ou de integração a fim de facilitar o comércio interno. Neste sentido vemos o Brasil através do BNDES atuando nesta frente.

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